domingo, 18 de abril de 2010

Esclarecimento sobre pesquisa de "A Vida Triunfa"


Com relação às informações contidas na matéria publicada na edição número 277, de abril / 2010, da revista Superinteressante, que podem, por conta de testemunho, colocar em dúvida a autenticidade das mensagens psicografadas por Chico Xavier, o autor do livro A Vida Triunfa, Paulo Rossi Severino, e a presidente da Associação Médico-Espírita de São Paulo, à época, Dra Marlene Rossi Severino Nobre, responsável pela pesquisa, esclarecem que o médium Chico Xavier atendia 60 pessoas, das 14h às 18h, em Uberaba (MG), dispondo, portanto, de quatro minutos, em média, para cada consulente. Este tipo de atendimento passou a ser feito dessa forma, depois da participação do médium no primeiro programa “Pinga-Fogo”, na extinta TV Tupi, em julho de 1971, e se estendeu por cerca de 20 anos, quando o médium teve que interromper o atendimento por longos períodos em virtude de problemas de saúde.


Devido à escassez do tempo de consulta e ao grande número de pessoas a serem atendidas, somente em alguns casos o médium tinha necessidade de conversar um pouco mais com a família, estendendo a entrevista para além dos quatro minutos. Em geral, esse tempo maior era concedido pelo próprio médium, não para obter mais informações da família quanto às circunstâncias da morte, mas para fornecer às mães desalentadas dados que lhe eram revelados naqueles instantes de entrevista por espíritos familiares, ali presentes, que vinham consolá-las e que eram, em sua maioria, desconhecidos do próprio médium.



Conforme consta do capítulo terceiro do livro, “cada entrevista tinha a duração de cinco a dez minutos, tempo exíguo, mas suficiente para que o entrevistado declarasse seu nome e o da pessoa falecida, e, eventualmente, fizesse algum rápido comentário”. Em alguns casos, revela a pesquisa, “durante o breve encontro, o sensitivo registrava a presença, através da clarividência, de parentes falecidos, citando seus nomes ou referindo-se a um fato qualquer relativo ao desenlace ou a problema familiar”.



De qualquer forma, não foram poucos os casos em que pessoas receberam mensagens mesmo sem terem passado por entrevista com o médium. Além de A Vida Triunfa, da Editora FE, há cerca de 130 livros publicados com as mensagens que Chico Xavier recebeu, dirigidas aos que perderam seus entes queridos. É um farto material para aqueles que queiram conhecer histórias autênticas.



Paulo Rossi Severino, autor, e Marlene Rossi Severino Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita de São Paulo, em 1990, hoje presidente das associações médico-espíritas do Brasil e Internacional, e uma das autoras da pesquisa computadorizada. 16 de abril de 2010.



Fonte: AME (Associação Médico Espírita) de Santos

segunda-feira, 5 de abril de 2010

As cartas "consoladoras"


100 anos de Chico Xavier: Amigo do médium fala sobre ajuda da psicografia
A morte é e continua sendo um dos maiores mistérios da humanidade. A dor da perda de um ente querido faz as pessoas apelarem para vários caminhos e a psicografia foi a forma de ajuda a este problema mais popularizada por Chico Xavier. Seguindo os princípios da doutrina espírita, o médium dizia receber mensagens de pessoas mortas, ou desencarnadas, como preferia dizer, para seus parentes e amigos.
E, em alguns casos, não se tratava de apenas uma carta, mas sim de várias. No caso de William Machado de Figueiredo, que faleceu em 1941, foram exatamente 33, a maioria destinada a sua mãe, Adélia Machado de Figueiredo. Amiga próxima de Chico Xavier, ela usou as cartas psicografadas como força para continuar vivendo após a perda do filho.
"Minha tia-avó teve uma vida muito difícil. Ela teve que criar os filhos sozinha, porque seu marido morreu e as cartas que ela recebia de William através de Chico foram o bastão que ela usou para seguir vivendo e enfrentando a dor. Lembro que ele tinha o costume de colher flores no túmulo de William e mandar cartas para minha tia-avó com palavras de conforto e uma flor junto", conta Geraldo Lemos Neto, dono da Casa de Chico Xavier, centro cultural localizado na residência onde o médium viveu durante alguns anos em Pedro Leopoldo, no interior de Minas Gerais.
Após a morte da sua tia-avó, em 1982, Geraldo decidiu fazer um livro com uma coletânea de todas as cartas que recebem de William. Como Adélia viveu apoiada nessas mensagens, ele decidiu dar à obra o nome de "Bastão de Arrimo". Lançada em 1984, ela reúne todas as 33 cartas e deve ganhar uma reedição neste ano por conta do centenário do médium.


Emoção em caravanas

Frequentador e membro da "Casa da Prece", centro espírita onde Chico Xavier atendia em Uberaba, Geraldo lembra que multidões compareciam ao local quando o médium participava das sessões de psicografia. Sempre em busca de amparo, as famílias se amontoavam dentro e fora do centro espírita aguardando um alento, por menor que fosse, de um ente querido morto.

"A casa era muito pequena, mas apareciam ônibus de todos os lugares do Brasil. A maioria das pessoas acabava ficando do lado de fora, recebíamos em média umas 500 por sessão. Lembro da emoção de quem recebia uma carta daquelas, da maneira como olhavam para o Chico Xavier", explica Geraldo.

"Lembro que, na maioria das vezes, as cartas eram para pessoas que estavam do lado de fora do centro. As cartas do Chico sempre tinham um remetente e um destinatário. Então íamos gritando o nome pela multidão, ‘carta de cicrano para fulano’, até acharmos para quem era a mensagem. Era impressionante ver a emoção daquelas pessoas", lembra.


Fonte: site Sidney Resende, por Jorge Lourenço.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Curiosidades sobre a produção psicográfica de Chico Xavier


Em minhas buscas por dados quantitativos sobre a obra de Chico Xavier, cheguei ao site dedicado ao seu centenário, produzido pela Federação Espírita Brasileira - FEB.

Na biografia publicada no site, é possível ressaltar algumas curiosidades, que demonstram a singularidade da produção psicográfica do médium:

No ano de 1952, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Roteiro, de Emmanuel, com 172 páginas e Pai Nosso, de Meimei, com 104 páginas.

No ano de 1963, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Opinião Espírita, com 204 páginas e Sexo e Destino, com 360 páginas.

No dia 31 de março de 1969 [...], Chico psicografou 2 livros, no mesmo dia: Passos da Vida, com 156 páginas e Estante da Vida, com 184 páginas.

Chico é apontado como fenômeno na aceitação do leitor. Dos dez melhores livros do século, em pesquisa realizada por órgãos da imprensa espírita, sete são da psicografia do Chico. O primeiro lugar coube ao livro Nosso Lar, na 48ª edição, com mais de 1.200 milheiros de exemplares editados.

Fatos como esses somam-se a uma obra de mais de 450 títulos e uma vendagem estimada em 50 milhões de exemplares. Esses números me intrigam... Como ignorar a necessidade de se compreender um objeto (o texto psicográfico, em seus diversos gêneros) que gera um impacto editorial e cultural tão representativo em nosso país?

Referência: http://www.100anoschicoxavier.com.br/paginas/biografia.html