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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mais uma faísca sobre a problemática do sujeito


Ontem terminei de escrever o meu primeiro artigo acadêmico sobre o caso das cartas de Chico Xavier. Foi um mergulho teórico muito raso, do qual salvou-se somente a ideia, a ser explorada numa “parte II”, iniciada nesse mesmo dia. E sem maiores problematizações, por questões de tempo e espaço (não é fácil limitar a discussão a poucas páginas, uma exigência da disciplina para a qual eu devia entregá-lo, como avaliação final).

Um embrião de artigo (como chamá-lo de outra forma?), que se detém unicamente ao início de uma discussão provavelmente interminável: o que é o sujeito? Mas, mais do que isso, o que é o sujeito em uma carta psicografada?

Os textos psicografados, e especialmente os do gênero carta (carta familiar/psicografada), subvertem várias concepções clássicas nos estudos linguísticos e nas humanidades, como um todo: sujeito, autor, identidade, e seus desdobramentos todos. Sei que o sujeito é um problema eterno, tão complexo e contraditório como qualquer construto humano e, sobretudo, como o próprio ser humano.

Não há meios, e nem tenho a pretensão, de chegar a uma solução completa e definitiva sobre isso. Quero é pensar a respeito, por o assunto em pauta... enfim, jogar uma faísca na discussão. Isso não é querer ver o circo pegar fogo. É desestabilizar para encontrar causas possíveis das oscilações discretas, que teimam em perturbar, silenciosamente, a calmaria das coisas falsamente estáveis. Que melhor receita há para exercitar o raciocínio e quebrar um pouco do nosso tédio existencial essencial?