sábado, 10 de outubro de 2009

MPF quer que bens de Chico Xavier sejam resguardados


Publicado em 09.10.2009, às 22h26

O Ministério Público Federal (MPF) em Uberaba (MG) informou nesta sexta-feira que deu início a um processo para que os bens do médium Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, sejam declarados de interesse público. Para a Procuradoria da República, o legado deixado pelo médium, um dos maiores divulgadores do Espiritismo no Brasil, faz parte do patrimônio cultural do País e merece a proteção da lei.
Chico Xavier, que morreu no dia 30 de junho de 2002, aos 92 anos deixou vasta obra literária composta por pouco mais de 400 livros psicografados, todos com renda direcionada a obras assistenciais. Parte dos bens e objetos pessoais deixados pelo médium estão em uma espécie de museu particular em Uberaba: sua última residência, onde viveu até falecer e que continua sendo local de peregrinação. Esse fato, conforme o MPF, demonstra a importância de Chico Xavier para a memória do País.
Parte da história de vida do médium está guardada também na chamada "Casa Chico Xavier", em Pedro Leopoldo, sua cidade natal e onde iniciou as atividades mediúnicas. No local, onde o médium residiu durante 17 anos (de 1942 a 1959), estão expostos várias fotos e objetos pessoais.
"É importante que sejam tomadas medidas destinadas a resguardar tais bens, tanto para preservá-los quanto para mantê-los acessíveis ao público. Temos a informação de que as psicografias que viraram livros não são encontradas em nenhum acervo", observou o MPF em Uberaba.
A Procuradoria solicitou informações à Fundação Biblioteca Nacional - órgão responsável por catalogar e registrar obras literárias - sobre a existência de registro no International Standard Book Number (ISBN) das obras psicografadas por Chico Xavier.
Outra medida foi requisitar ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que designe equipe técnica para analisar os bens pessoais deixados pelo médium, declarando-os de interesse público. Um requerimento foi enviado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para que seja realizado o inventário dos bens. O MPF destacou que não haverá mudança de propriedade do acervo deixado por Chico Xavier.
O filho adotivo do médium, Eurípedes Higino, que cuida dos bens e administra o "museu" de Chico Xavier em Uberaba, não foi localizado. O presidente do Instituto Chico Xavier - responsável pelo projeto de construção de um memorial na cidade do Triângulo Mineiro -, Aderlon Gomes, evitou a comentar a disposição do MPF, observando que a entidade não tem relação com a doutrina espírita e nem com os bens do médium.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Carta de Jair Presente: "As dicas do fantasma sorriso"

 Minha querida madre, pater meu e minha sorela Sueli, somos presentes dando presença. E não quero começar papeando sem dar a Deus, nosso Criador e Pai, o respeito nosso.
O que há na paróquia é que vocês estão querendo aquelas conversadas de espírito de família. E acontece que na cuca do meu grupo a lembrança me bate forte. Não posso dar a silenciada; é preciso falar, porque os nossos daqui me permitem aquela boa gíria dos amizades fiéis.
As vezes, penso que é preciso acabar com essas dicas de fantasma-sorriso; mas, e a vida que é nossa? e como deixar de ser nós mesmos dentro da vida? Nesse sentido, minhas palas são melhores, estou incrementado nos estudos para retirar todos os meus grilos xexelentos. Quero carregar outra moringa nos ombros. E o negócio é esse aí: se não trabalhar, não entendo; se não entendo, não vale estudar.
Quando vim pra cá, percebi, de repente, que não passava de sabereta, embrulhando muitas lições aprendidas aí em bobagens que não tinham tamanho. Agora, vou tirando letra em muita cousa que necessito guardar em mim para ser melhor. Muita gente bem de nossas turminhas deram para pensar que sou espírito vagau perdido na marginália. Pobres meninos patetas que éramos; querendo inventar uma língua nova, complicamos os comunicados nas melhores
comunicações.
Entretanto, para Deus o sentimento é que tem valor, o coração é que fala. Posso latinizar as notícias da maneira mais sofistique, mas, se não der de mim aquela sinceridade, tou na lona da paranóia e isso eu não quero mais. Esse negócio de dar fio nas patotas que mandam fumo ou avançam no lesco-lesco dos comeretes a se arrancarem para umas e outras é perigo na certa. Quero pensamento jóia para falar mesmo, sem alinhavar as palavras fora da costura da boa gíria.
Mandem-se para cá e vocês vão ver como é duro varar o arco e virar a bola de pé pra frente no quadrado das notícias.
Assim sendo, vocês todos podem perdoar os cabeludos que vieram pra cá sem preparação, bancando caretas nas lições de Cristo. Perdão sim, porque seria difícil pra mim, falar francês, no português brasileiro, exibindo qualidades que não tenho.
De uma cousa, porém, vocês fiquem sabidos: é que já sei que trabalhar para os outros é o caminho melhor. Digo isso, embora esteja parado como nos tempos da Geografia, explicando pro professor como se vai à Guiana Inglesa sem nunca ter ido lá, nem pra inglês ver.
Já sei; isso é progresso. Disposição mesmo pra fazer o que sei, penso que só amanhã. Apesar de tudo, Sueli, digo a você: mediunidade é servir para sermos servidos. Todos precisamos de alguma cousa. Estender as mãos para o auxílio a quem sofre é o mesmo que receber outras mãos
que chegam do Alto pra carregar-nos sobre as lutas de cada dia.
Para mim, caridade é o melhor negócio da vida. A pessoa ajuda e recebe muito mais do que dá. Geralmente, querida irmã, somos alguém a servir, mas a pessoa servida representa em si um grupinho grande. E o grupinho se inclina pra nosso lado e dá uma melhorada geral em nossos caminhos. Aqui vejo muita gente fora da Terra aprendendo isso! entregando benefícios e recebendo benefícios maiores.
Não estou ensinando você a paparicar Deus com papos furados ou com caldos melosos de conversa amolecida na adulação. Estou fazendo as palas do ato, porque o assunto mais importante é agir mesmo.
Aqui está conosco o Joãozinho Alves e pede aos pais aquela confiança em Deus que não desanima; ele está melhor e mais forte. E outro amigo aqui ao lado de seu adoidado irmão é o amigo Irineu Leite da Silva, um moço do fino que vestiu o paletó de madeira em sete de junho passado. Estava eu entre aqueles que trabalhavam no Parque dos Flamboyant quando ele foi considerado de sono eterno. Mas acordou junto de nós e está bem; pede para que os pais Sérgio e Rita se consolem.
Afinal de contas essas paqueradas da morte acontecem com qualquer um. E os caras do mundo precisam contar com isso. Não queremos que ninguém morra. Queremos que todos os nossos irmãos do mundo, transitem por todos os consultórios de plástica, tirando sarro nas rugas que chegam com as janeiradas, de natalício a natalício. Desejamos que todos cheguem aqui mambeando de velhice, sem coragem de olhar pros retratos solenes de vinte ou quarenta anos de retaguarda; mas esse debi da morte é um estripitisi de amargar. Dizemos amargar porque só colocamos giló nesse assunto, com tanto choro de lado que os panos do último dia é que são mesmo de amedrontar qualquer um. Pensemos na morte com fé em Deus. Afinal de contas, aí no mundo quem dorme está sempre treinando para ressuscitar.
Meu pai, abrace Sérgio, Wilson e todos os meus sócios de pensadas e notas. Não creio que a rapaziada esteja acreditando muito no que digo. De vez em vez, escuto algum deles a dizer — “Mas esse Jair não tem jeito, não”. Mas isso é bobagem da grossa. Quem tem mesmo jeito para melhorar e consertar é só aquele Cristo, amoroso e bom de todos os dias. Mas, isso é isso. Se fosse eu o vivo da história, talvez não acreditasse no amigo morto e ficaria ainda mais vivo, se ouvisse mensagens dos que houvessem caído em algum barato do pró-terra-de-pedra e cipreste, antes de mim.
Sueli, aos corações do Grameiro, o meu “muito obrigado”; aos companheiros do Grupo de Meimei, aquela saudação embandeirada de preces pela felicidade de todos.
Agora é parar. Terei falado o que não soube dizer. Estava com saudade de dar uma falada com vocês e dei papo. Deus me perdoe, é o que peço. Entretanto, vamos deixar seriedades pra Iá e vamos dar aquele abraço da finalizada.
Pai, mamãe, Sueli, estou feliz vendo vocês unidos. Tchau pra vocês. Tudo de bom. Noite calma e tempo de bênçãos. Ponho aqui a saudade pra quebrar. Um beijão do filhote adoidado e do irmão agradecido, mas que lhes oferece nestas páginas o maior amor da paróquia.
Jair (Presente)
19 julho 1975

- Do livro "Somos Seis", psicografia de Chico Xavier, GEEM, 1976.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mais uma faísca sobre a problemática do sujeito


Ontem terminei de escrever o meu primeiro artigo acadêmico sobre o caso das cartas de Chico Xavier. Foi um mergulho teórico muito raso, do qual salvou-se somente a ideia, a ser explorada numa “parte II”, iniciada nesse mesmo dia. E sem maiores problematizações, por questões de tempo e espaço (não é fácil limitar a discussão a poucas páginas, uma exigência da disciplina para a qual eu devia entregá-lo, como avaliação final).

Um embrião de artigo (como chamá-lo de outra forma?), que se detém unicamente ao início de uma discussão provavelmente interminável: o que é o sujeito? Mas, mais do que isso, o que é o sujeito em uma carta psicografada?

Os textos psicografados, e especialmente os do gênero carta (carta familiar/psicografada), subvertem várias concepções clássicas nos estudos linguísticos e nas humanidades, como um todo: sujeito, autor, identidade, e seus desdobramentos todos. Sei que o sujeito é um problema eterno, tão complexo e contraditório como qualquer construto humano e, sobretudo, como o próprio ser humano.

Não há meios, e nem tenho a pretensão, de chegar a uma solução completa e definitiva sobre isso. Quero é pensar a respeito, por o assunto em pauta... enfim, jogar uma faísca na discussão. Isso não é querer ver o circo pegar fogo. É desestabilizar para encontrar causas possíveis das oscilações discretas, que teimam em perturbar, silenciosamente, a calmaria das coisas falsamente estáveis. Que melhor receita há para exercitar o raciocínio e quebrar um pouco do nosso tédio existencial essencial?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As cartas familiares na justiça


Milhares de famílias de todo o país se dirigiram a Uberaba, ao longo de décadas, para receberem das mãos do médium mineiro o conforto de sentirem que a vida continua.

Suas cartas, escritas em sessões semanais no Centro Espírita da Prece, emocionaram pais, esposos e filhos e ainda hoje nos despertam interesse pelo estudo do fenômeno da psicografia ou escrita mediúnica.

Aceitas em processos judiciais, as cartas de Chico Xavier extrapolam o senso comum e instauram uma condição única, jamais presenciada nos tribunais de outro país - a utilização de correspondências de "mortos" como meio de prova em julgamentos.

As cartas familiares, psicografadas por Chico Xavier, foram utilizadas em 3 processos judiciais, em que três réus acusados de assassinato foram inocentados. Nos três casos, as mortes foram, segundo os acusados e as cartas, não intencionais.

Algumas questões se fazem inevitáveis: o que fez a justiça ter aceitado as cartas recebidas por Chico Xavier? Em quais elementos os juízes dos casos se basearam para inocentar os réus? O que, nessas cartas, foi determinante para que a inocência dos réus fosse sentenciada? Quais critérios foram adotados pelos dois juízes em situações que beiraram o nonsense da jurisdição? Aliás, há razões para supor que haveria qualquer coerência, ainda que interna a esses textos-cartas, que pudesse merecer a atenção da justiça? O que, nessas comunicações, levou a justiça brasileira a adotar cartas recebidas por via mediúnica como meio de prova no tribunal do júri?

Essas são algumas das perguntas que me faço ao ler as cartas de Chico, todas tão iguais e, ao mesmo tempo, intrigantemente diferentes...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Trailer do Filme "Chico Xavier" - Globo Filmes (2010)


Assista aqui ao trailer do filme "Chico Xavier" (Globo Filmes, 2010), que tem direção do cineasta Daniel Filho:

Leia a sinopse no site: http://www.chicoxavierofilme.com.br

domingo, 23 de agosto de 2009

Quatro filmes marcarão o centenário de Chico Xavier


Em comemoração ao centenário de Chico Xavier, em 2 de Abril de 2010, estão previstos lançamentos de quatro filmes sobre a vida e a obra do médium mineiro.

O documentário “As Cartas”, dirigido por Cristiana Grumbach, está em etapa de finalização. “As Cartas” traz entrevistas com pessoas que receberam cartas psicografadas por Chico e contam sobre suas experiências.

Sob direção de Daniel Filho, o longa metragem “Chico Xavier” está com a produção em fase avançada e é baseado em biografias como a do jornalista Marcel Souto Maior, que escreveu “As vidas de Chico Xavier”.

Dirigido por Luis Eduardo Girão, o mesmo produtor de “Bezerra de Menezes”, o filme "As Mães de Chico Xavier" é um longa que narrará a história verídica de três mães que, depois de perderem seus filhos, recorreram a Chico Xavier na tentativa de receberem mensagens do outro plano.

Baseado no romance espírita que já teve mais de dois milhões de exemplares vendidos, o filme “Nosso Lar” será adaptado por Wagner Luís, da produtora Cinética Filmes, e distribuído pela Fox Filmes.

O centenário de Chico Xavier promete comemorações memoráveis e impulsiona ainda mais o gênero “filme espírita” no Brasil.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Documentário: "As cartas de Chico Xavier"


Em acontecimento inédito na Justiça brasileira e que até hoje causa polêmica, cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier serviram de prova para inocentar três acusados de assassinato. Assista a um trecho do documentário "As cartas de Chico Xavier e outras histórias misteriosas", produzido pelo programa LINHA DIRETA - Justiça, da Rede Globo:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Reportagens Interessantes


Em minhas buscas por materiais na Internet, encontrei reportagens que demonstram a relevância do assunto "psicografia". O interesse do público por esse fenômeno é visivelmente grande, o que pode ser constatado pela produção de alguns programas de tv com temática espírita, como "Linha Direta", SBT Repórter, bem como por referências em revistas como Época, ISTOÉ, entre outras. Brevemente, postarei aqui outras reportagens interessantes para download.

Aqui estão disponibilizadas 4 reportagens sobre Chico Xavier, Psicografia e Espiritismo. Vale a pena conferir.

- Chico Xavier Super Star (Revista Época)

- O novo espiritismo: A religião assume uma face moderna e cresce entre os jovens (Revista Época)

- Falando com o além (ISTOÉ)

- Mensagem para você (ISTOÉ - 11/02/2009)

Chico Xavier em números


535.000 - Esse é o número resultados para o termo "Chico Xavier" no Google.
141.000 - Número de resultados para a palavra "psicografia".
Em combinação, “psicografia” e “Chico Xavier” somam 159.000 citações.
Numericamente, isso representa simplesmente o óbvio a respeito de uma das menos óbvias figuras do universo religioso e editorial brasileiro: o fenômeno Chico Xavier.
Cita-se muito, questiona-se bastante e entende-se muito pouco sobre a obra psicográfica do médium mineiro. Paranormalidade? Farsa? Mediunidade? Insanidade? Mistificacão? Quando se fala de Chico, os limites entre a realidade e a imaginação, a veracidade e a mistificação, são tênues. Tênues o bastante para simplesmente concluirmos que o assunto merece ser estudado.

As cartas de Chico Xavier: um relato de pesquisa.


Este é um registro de impressões sobre o meu projeto de pesquisa.
Minha intenção é relatar aqui algumas reflexões e eventos ocorridos em torno do estudo das cartas familiares, psicografadas por Chico Xavier, e que são objeto da pesquisa que venho desenvolvendo desde Outubro de 2008.

As cartas de Chico Xavier são polêmicas e despertaram o interesse dos que perderam seus entes queridos, dos espíritas e, curiosamente, da Justiça brasileira, a única no mundo a registrar três casos de absolvição em acusações de homicídio, nos quais as cartas foram utilizadas como meio de prova.

Uma das ocasiões determinantes para que eu me interessasse por estudar o caso Chico Xavier foi quando eu assistia a um documentário sobre a vida do médium - “Chico Xavier Inédito: de Pedro Leopoldo a Uberaba” - no qual a Dra. Marlene Nobre falava sobre uma análise feita pela AME-SP (Associação Médico-Espírita do Estado de São Paulo), nos anos 70. A equipe da AME, coordenada por Paulo Severino Rossi, analisou mais de 200 cartas psicografadas pelo médium, num estudo estatístico que comparava dados citados nas comunicações psicografadas com aqueles presentes em questionários preenchidos pelas famílias dos mortos. No documentário, Dra. Marlene mostrava os resultados e punha o material à disposição de quem quisesse investigar o assunto. Esse estudo foi posteriormente transformado em um livro, nos anos 90. Foi desse comentário que nasceu, oficialmente, a minha curiosidade sobre as cartas de Chico Xavier. Curiosidade esta alimentada por outros materiais com os quais tive contato e, adicionalmente, por minha tendência a enxergar padrões em tudo. Padrões linguísticos, estrutura, estilo, coerência, recorrência, autoria, identidade – palavras que não pararam mais de rondar a minha mente e que têm alimentado a minha investigação desde aquele depoimento, anacronicamente direcionado à minha obsessão por vasculhar, coletar e classificar informações. Em dois meses, verti a idéia em um projeto acadêmico que permitia vazão a várias das minhas tendências: a pesquisa, a linguística, o espiritismo, a psicografia e um gosto mórbido por enigmas. Tudo isso entremeado à vida de uma das figuras mais marcantes da história de nosso país. O brasileiro do século, Chico Xavier. E uma pergunta em minha mente: como a ciência pode explicar esse fenômeno?

Esse nome tem me despertado curiosidade, euforia, respeito, admiração e, por vezes, um temor inexplicável. Não temo pelo Chico. Temo por a sua figura, a figura construída pela mídia, pela memória e pelo imaginário do povo. Sei que devo me afastar do fascínio exercido por sua imagem. É uma exigência do método, do rigor científico. Não posso, entretanto, me afastar com leviandade, exatamente por saber da importância de sua história. É preciso encontrar a isenção necessária. A justa medida.