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segunda-feira, 5 de abril de 2010

As cartas "consoladoras"


100 anos de Chico Xavier: Amigo do médium fala sobre ajuda da psicografia
A morte é e continua sendo um dos maiores mistérios da humanidade. A dor da perda de um ente querido faz as pessoas apelarem para vários caminhos e a psicografia foi a forma de ajuda a este problema mais popularizada por Chico Xavier. Seguindo os princípios da doutrina espírita, o médium dizia receber mensagens de pessoas mortas, ou desencarnadas, como preferia dizer, para seus parentes e amigos.
E, em alguns casos, não se tratava de apenas uma carta, mas sim de várias. No caso de William Machado de Figueiredo, que faleceu em 1941, foram exatamente 33, a maioria destinada a sua mãe, Adélia Machado de Figueiredo. Amiga próxima de Chico Xavier, ela usou as cartas psicografadas como força para continuar vivendo após a perda do filho.
"Minha tia-avó teve uma vida muito difícil. Ela teve que criar os filhos sozinha, porque seu marido morreu e as cartas que ela recebia de William através de Chico foram o bastão que ela usou para seguir vivendo e enfrentando a dor. Lembro que ele tinha o costume de colher flores no túmulo de William e mandar cartas para minha tia-avó com palavras de conforto e uma flor junto", conta Geraldo Lemos Neto, dono da Casa de Chico Xavier, centro cultural localizado na residência onde o médium viveu durante alguns anos em Pedro Leopoldo, no interior de Minas Gerais.
Após a morte da sua tia-avó, em 1982, Geraldo decidiu fazer um livro com uma coletânea de todas as cartas que recebem de William. Como Adélia viveu apoiada nessas mensagens, ele decidiu dar à obra o nome de "Bastão de Arrimo". Lançada em 1984, ela reúne todas as 33 cartas e deve ganhar uma reedição neste ano por conta do centenário do médium.


Emoção em caravanas

Frequentador e membro da "Casa da Prece", centro espírita onde Chico Xavier atendia em Uberaba, Geraldo lembra que multidões compareciam ao local quando o médium participava das sessões de psicografia. Sempre em busca de amparo, as famílias se amontoavam dentro e fora do centro espírita aguardando um alento, por menor que fosse, de um ente querido morto.

"A casa era muito pequena, mas apareciam ônibus de todos os lugares do Brasil. A maioria das pessoas acabava ficando do lado de fora, recebíamos em média umas 500 por sessão. Lembro da emoção de quem recebia uma carta daquelas, da maneira como olhavam para o Chico Xavier", explica Geraldo.

"Lembro que, na maioria das vezes, as cartas eram para pessoas que estavam do lado de fora do centro. As cartas do Chico sempre tinham um remetente e um destinatário. Então íamos gritando o nome pela multidão, ‘carta de cicrano para fulano’, até acharmos para quem era a mensagem. Era impressionante ver a emoção daquelas pessoas", lembra.


Fonte: site Sidney Resende, por Jorge Lourenço.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Curiosidades sobre a produção psicográfica de Chico Xavier


Em minhas buscas por dados quantitativos sobre a obra de Chico Xavier, cheguei ao site dedicado ao seu centenário, produzido pela Federação Espírita Brasileira - FEB.

Na biografia publicada no site, é possível ressaltar algumas curiosidades, que demonstram a singularidade da produção psicográfica do médium:

No ano de 1952, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Roteiro, de Emmanuel, com 172 páginas e Pai Nosso, de Meimei, com 104 páginas.

No ano de 1963, Chico psicografou 2 livros, em 2 dias: Opinião Espírita, com 204 páginas e Sexo e Destino, com 360 páginas.

No dia 31 de março de 1969 [...], Chico psicografou 2 livros, no mesmo dia: Passos da Vida, com 156 páginas e Estante da Vida, com 184 páginas.

Chico é apontado como fenômeno na aceitação do leitor. Dos dez melhores livros do século, em pesquisa realizada por órgãos da imprensa espírita, sete são da psicografia do Chico. O primeiro lugar coube ao livro Nosso Lar, na 48ª edição, com mais de 1.200 milheiros de exemplares editados.

Fatos como esses somam-se a uma obra de mais de 450 títulos e uma vendagem estimada em 50 milhões de exemplares. Esses números me intrigam... Como ignorar a necessidade de se compreender um objeto (o texto psicográfico, em seus diversos gêneros) que gera um impacto editorial e cultural tão representativo em nosso país?

Referência: http://www.100anoschicoxavier.com.br/paginas/biografia.html

sábado, 27 de março de 2010

Especial 100 anos de Chico Xavier


Assista o Globo Reporter Especial 100 anos de Chico Xavier (4 partes) no YouTube:

Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=ZDSPiBRsU30

Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=F-PYd6Hfouw

Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=lMNbWueyNp8

Parte 4 - http://www.youtube.com/watch?v=Xo3yGBHgFP0


Globo Reporter - 26/03/2010


Cartas psicografadas levam conforto para quem perdeu parente

Mensagens de Chico aliviaram a dor e o luto de milhões de brasileiros. Ainda hoje, pessoas que perderam parentes queridos lotam os centros espíritas à espera de uma palavra.

Um autor com 400 livros publicados, mais de 50 milhões de exemplares vendidos e nenhuma linha redigida por ele mesmo. “Quem escreve, são os espíritos”, dizia Chico. Ele apenas ouvia vozes que ditavam e reproduzia tudo com uma rapidez espantosa.

A psicografia tornou famoso o médium de Uberaba, portador de obras inacreditáveis e de mensagens que aliviaram a dor e o luto de milhões de brasileiros. Ainda hoje, pessoas que perderam parentes queridos lotam os centros espíritas à espera de uma palavra, em Uberaba.

“É muito difícil a gente perder um filho com 21 anos, um menino que gostava de viver plenamente, um filho sem vícios, um filho carinhoso”, diz a funcionária pública Rosane da Silva Denadai.

O casal Marco Antonio e Ana Lucia Davanzo são do Guarujá. O filho deles, Ivan, morreu há mais de quatro anos. “A vida perde o brilho. Você não acha graça em mais nada. Você acha que você nunca mais vai sorrir, nunca mais vai ser feliz”, conta a dona de casa Ana Lúcia Davanzo.

A assistente social Rosana Ozarias Machado ficou sem a mãe. “É um amor tão grande que doía e dói até hoje”, revela.

E eles também ficaram órfãos de Chico Xavier. Quando o médium era vivo, atraia multidões de aflitos. Era incansável, passava mais de oito horas seguidas psicografando. Mas como explicar essa estranha capacidade? Para a ciência, a mediunidade de Chico Xavier permanece um mistério.
“Os fenômenos espirituais mediúnicos do Chico são de uma variedade, de uma diversidade e de uma qualidade extremamente impressionantes. Mas infelizmente ele foi pouco estudado”, diz a professor de psiquiatria Alexander Moreira Almeida, da Universidade Federal de Juiz de For a (UFJF).

A Associação Médica Espírita e o jornal “Folha Espírita de São Paulo” realizaram a única análise já feita das cartas psicografadas de Chico Xavier. Eles pesquisaram 45 casos. “A grande maioria da pesquisa revelou que o Chico desconhecia completamente essas pessoas, mais de 90% dessas pessoas”, explica o professor e pesquisador Paulo Rossi.
E mesmo sem conhecer as pessoas, 71% das cartas tinham mais de três fatos pessoais, coisas que Chico não poderia saber. Em 42% dos casos, as assinaturas eram diferentes das originais. Mas todas as mensagens foram reconhecidas e autenticadas por mais de duas pessoas da família.

Chico era incansável. Mesmo doente e já idoso, não deixava ninguém sem resposta.

“Tenho aprendido, nesse tempo todo, que a mensagem é um fator de informação segura para reconforto e condução espiritual da criatura dentro do seu próprio lar e dentro do seu grupo social”, disse Chico, quando ainda era vivo.

Dois antigos parceiros do médium tentam, hoje, preencher o vazio deixado pelo mestre.

“Chico era uma fonte de sabedoria”, declara o médium Carlos Baccelli. “Lógico que eu amo minha mãe mais do que eu amo o Chico, mas eu não posso dizer que minha mãe me ensinou tanto quanto o Chico Xavier me ensinou”, afirma o médium Celso Afonso.

Seriam eles sucessores de Chico Xavier? “Chico Xavier não tem substitutos, não tem sucessores. Cada um de nós, médiuns, cumpre o seu trabalho, faz o que pode, dentro de suas limitações”, diz Carlos Baccelli.

“Eu não dou conta de amar o quanto ele amou. Eu não dou conta de trabalhar o quanto ele trabalhou. Eu não dou conta de tolerar o quanto ele tolerou. Então, como eu vou ter essa pretensão”, reconhece Celso Afonso.

O casal Marco Antonio e Ana Lucia já completou 14 viagens a Uberaba, em busca das mensagens do filho. Desta vez, eles foram com a filha e as netas. Chegaria mais uma mensagem do filho? Para alívio deles, a primeira carta tinha endereço certo.

Para eles não há duvidas: foi o filho que escreveu. “É dele mesmo, tenho a certeza absoluta. Depois, vêm nomes que só nós sabemos”, destaca a dona de casa. “Tem nomes às vezes até difíceis de escrever e de pronunciar”, confirma o marido.

A funcionária pública Rosane da Silva Denadai explode em lágrimas quando é chamada. “O que ele falou, citando nomes, os avós. Quem ia saber o nome dos avós dele”, afirma.

A assistente social Rosana Ozarias Machado também chora muito. “Eu senti a mesma emoção quando ela faleceu, mas hoje foi de alegria”, comenta. Ela tem certeza de que foi a mãe que escreveu a carta. “Eu não duvidei um minuto de que não fosse a minha mãe de que não fossem as palavras da minha mãe”, aposta.

Rosane que tem outros três filhos até hoje não se conforma com a perda de Anderson. “eu acho que nunca vou me acalmar”, diz.

Mas as palavras que seriam do filho começam a trazer paz. E ela afirma que vai voltar a Uberaba outras vezes. “Porque eu sempre falo: ‘mãe é aquela que gosta de saber onde o filho está, como ele está, onde ele está’”, afirma a funcionária pública.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Folha Ilustrada

O grande negócio dos espíritos

Centenário de nascimento de Chico Xavier, em 2 de abril, motiva onda de filmes sobre tema

Divulgação

O ator Nelson Xavier vive o líder espiritual Chico Xavier no filme de Daniel Filho


ANA PAULA SOUSA
DA REPORTAGEM LOCAL


No mercado livreiro brasileiro, fez-se o milagre da multiplicação. De acordo com a última pesquisa publicada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro), o segmento de títulos religiosos, estimado em 50 milhões de exemplares anuais, é, em faturamento, o que mais cresce no país. Nos primeiros lugares dessa fila estão obras espíritas.No cinema nacional, o santo é outro. Mas o milagre é o mesmo. Daniel Filho, em 2009, vendeu 5,6 milhões de ingressos com "Se Eu Fosse Você 2", que só perde em rentabilidade para a avalanche "Titanic".E eis que os números da fé e do cinema se cruzam. Chico Xavier, o líder espiritual que psicografou mais de 400 livros e, se medido pela régua do mercado, poderia ser considerado autor best-seller, tornou-se filme pelas mãos de Daniel Filho.Guardado a sete chaves até aqui, "Chico Xavier" dá início a sua jornada rumo ao público empurrado pela máquina da GloboFilmes e da Sony Pictures. A campanha começou na TV e, a partir da semana que vem, ocupará cinemas, outdoors, ônibus etc. O filme chegará a mais de 300 salas numa data que nada tem de "mera coincidência": 2 de abril, centenário de nascimento de Xavier e Sexta-feira da Paixão. E não é só. Outros seis filmes espíritas estão a caminho.



Filme busca os não espíritas

Na opinião de produtores, filão de filmes ligados ao sobrenatural nunca foi bem explorado no país
Dificuldades na escolha do diretor e na conclusão do roteiro fizeram com que "Chico Xavier" levasse seis anos para chegar às telas



DA REPORTAGEM LOCAL

Os produtores de "Chico Xavier" repetem, feito mantra, que não fizeram um filme espírita. "Tomei cuidado para que não fosse doutrinário", diz o diretor Daniel Filho. "O filme, antes de qualquer denominação que possa segmentá-lo, é uma cinebiografia de uma das personalidades mais conhecidas e queridas dos brasileiros. Foi feito para ser visto por todos que gostam de uma belíssima história de vida", emenda Carlos Eduardo Rodrigues, diretor da GloboFilmes. Daniel Filho diz, inclusive, que buscou colocar no roteiro todas as perguntas que ele próprio, não espírita, faz a si.Mas, intenções à parte, "Chico Xavier", construído sob uma atmosfera de fé e marcado pela adesão emocional ao personagem, é um filme que requer, do espectador, um pacto que passa pela crença. Das cartas enviadas pelos desencarnados - a palavra morte não é utilizada - às aparições do espírito do médico Bezerra de Menezes são muitas as cenas retocadas pelo sobrenatural.Os fios da história são puxados a partir da entrevista que Xavier, morto em 2002, aos 92 anos, concedeu ao programa "Pinga Fogo", da TV Tupi. O vaivém no tempo abarca três fases: infância (Matheus Costa), início da vida adulta (Ângelo Antônio) e maturidade (Nelson Xavier).Esse projeto era acalentado desde 2004, quando o distribuidor Bruno Wainer comprou os direitos da biografia "As Vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto Maior. Conseguiu, rapidamente, a adesão da GloboFilmes e da Sony. Mas faltava ao filme uma alma. Ou duas: roteiro e diretor. "Por divergências de visão, não chegávamos a um acordo sobre o diretor", conta Wainer. Nome vai, nome vem, chegou-se a Daniel Filho, até então apenas produtor. Com essa solução teve início outro problema: o roteiro. Foram tantas as versões que até um thriller surgiu."Tentei fazer com que tivesse o tom do livro. O filme tem o ponto de vista do Chico, quando ele conta o que apenas ele via, ouvia e sentia", diz Filho. É esse ponto de vista que, esperam os produtores, pode garantir ao filme um público mais amplo. "O filme do padre Marcelo ["Maria, Mãe do Filho de Deus"] tinha um aspecto doutrinário. "Chico" não tem", compara Braga, da Sony.O interesse da distribuidora hollywoodiana no projeto é, digamos, anterior ao próprio projeto. "Os livros religiosos são tão bem vendidos que sempre me perguntei por que não viravam filme."A prova de que esse filão adormecido tinha potencial veio com "Bezerra de Menezes" que, lançado sem alarde, fez quase 500 mil espectadores. Mas será que quem rejeita o espiritismo verá "Chico Xavier"? "Não sei", responde Braga. O executivo assinala, no entanto, que filmes "sobrenaturais" costumam fazer sucesso no Brasil. "Filmes como "Ghost" e "O Sexto Sentido" fizeram especial sucesso aqui."Atrás do público que, mais do que ao cinema, costuma ir à barraquinha do camelô, o filme não só terá sessões especiais em Uberaba (MG), onde fica o museu Chico Xavier, e Pedro Leopoldo (MG) sua cidade natal, como aproveitará as frestas abertas pelo centenário do personagem. Só a GloboNews tem quatro programas sobre Xavier previstos para março. É o mais famoso médium brasileiro chegando à era da "convergência". (ANA PAULA SOUSA)


(...)


Folha de S.Paulo, 26/2/2010

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Selo do Centenário de Chico Xavier

Em homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Cândido Xavier, os Correios farão o lançamento oficial de um selo comemorativo, que ocorrerá no dia 2 de abril de 2010, em Pedro Leopoldo e Uberaba, e no dia 18 de abril em Brasília.

Informação: GEEM
Imagem: Notícias do Movimento Espírita, compiladas por Ismael Gobbo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Quatro filmes marcarão o centenário de Chico Xavier


Em comemoração ao centenário de Chico Xavier, em 2 de Abril de 2010, estão previstos lançamentos de quatro filmes sobre a vida e a obra do médium mineiro.

O documentário “As Cartas”, dirigido por Cristiana Grumbach, está em etapa de finalização. “As Cartas” traz entrevistas com pessoas que receberam cartas psicografadas por Chico e contam sobre suas experiências.

Sob direção de Daniel Filho, o longa metragem “Chico Xavier” está com a produção em fase avançada e é baseado em biografias como a do jornalista Marcel Souto Maior, que escreveu “As vidas de Chico Xavier”.

Dirigido por Luis Eduardo Girão, o mesmo produtor de “Bezerra de Menezes”, o filme "As Mães de Chico Xavier" é um longa que narrará a história verídica de três mães que, depois de perderem seus filhos, recorreram a Chico Xavier na tentativa de receberem mensagens do outro plano.

Baseado no romance espírita que já teve mais de dois milhões de exemplares vendidos, o filme “Nosso Lar” será adaptado por Wagner Luís, da produtora Cinética Filmes, e distribuído pela Fox Filmes.

O centenário de Chico Xavier promete comemorações memoráveis e impulsiona ainda mais o gênero “filme espírita” no Brasil.